Schweizer Schauwellensittiche - Daniel Lütolf
 
 

Daniel Lütolf
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Designerkleider Elfe 11

 

The breeders Walter Ansante, Fulvio Lucietto and Renato Uchôa interview Daniel Lütolf


Entrevista com Daniel Lutolf


Por Walter Ansante

Antes de minha viagem para Europa, eu já tinha a idéia de fazer uma entrevista com Daniel Lutolf, então me veio a idéia de convidar dois amigos criadores e juízes para participarem dessa entrevista, o que a meu ver a
enriqueceu ainda mais. Renato Uchôa já havia visitado Daniel Lutolf duas vezes e Fúlvio Lucietto já acompanhava o trabalho do mesmo criador muito antes dele ter despontado a nível mundial. O resultado final é uma entrevista mista feita por mim, Fúlvio Lucietto e Renato Uchôa a Daniel Lutolf.

Walter Ansante

1) Daniel, como o hobby começou na sua vida?


Eu comecei com 11 de idade, portanto há quase 30 anos, com periquitos pequenos. Em nossa vila em Würenlos havia outro criador campeão, onde eu vi os primeiros grandes periquitos de exposição. Primeiro eu não gostava deles como um todo, mas de repente eu fiquei infectado pelo vírus chamado "Budgie Show" ou
periquito de exposição. A base das minhas aves consiste de Heinrich Ott, que ia regularmente ao Ormerod / Saddler nos anos 1970 para comprar aves realmente boas. No ano seguinte eu tinha aves da maioria dos criadouros top do mundo como Jo Mannes, Reinhard Molkentin, Pat de Beer, Kurt Vogt e muito mais. Kurt Vogt
foi o único com quem eu pude aprender muito sobre como gerenciar um criadouro moderno e como lidar com vendas.

2) Quantas e quais são as principais famílias no seu plantel?


É difícil responder a essa pergunta, porque eu sempre tento misturar as famílias, independentemente das cores. Gosto disso, assim eu mantenho a fertilidade e posso evitar os danos da consanguinidade.

3) Como você acasala as famílias?

Eu nunca crio muito fechado. O máximo é primo com primo. Estou olhando mais atentamente o fenótipo do que o genótipo. 4) Você prefere introduzir no seu plantel, pássaros com sangue fechado (in-breeding, line-breeding) ou sangue aberto (outcross)? Eu pratico uma mistura de todas essas formas diferentes. Na maior parte do tempo eu deixo o pássaro escolher o seu próprio parceiro. Assim na maioria das vezes os ovos estão férteis.

5) Qual é a origem dos pássaros que você utiliza para refrescar o seu sangue atualmente?

No ano passado eu usei com sucesso aves de Kurt Vogt e Pat de Beer, mas também de Erich Schrank, Jenne Ralph, Andreas Conrades e Klessinger Sepp, criadores alemães que são também bons amigos meus. Eu prefiro as aves que já têm uma certa quantidade do meu sangue para funcionar com o cruzamentos.

6) Como você consegue manter a homogeneidade do seu plantel, mesmo introduzindo sangue fresco regularmente?

Se eu trago um pássaro, eu costumo deixá-lo cruzar com dois parceiros diferentes e logo depois vendo a ave novamente. Esses jovens serão reintroduzidos na linhagem original. Assim, eu já tenho 75% da linha de sangue que queria.

7) A seu ver quais são os criadores emergentes hoje na Europa?


Difícil dizer, porque eu não conheço o cenário do periquito inglês muito bem. Aqui na Europa continental, certamente Jo Mannes - o "Big Man". Ele é impressionante, com muitos pássaros bons em todas as diferentes cores voando em seu criadouro.

8) Como saber o momento exato que se deve refrescar o sangue do plantel, e como saber a porcentagem correta de sangue novo que deve entrar?

Eu não sei e sinceramente não acho que eu preciso saber exatamente isso. Tudo que você precisa saber, você pode ver a partir da estrutura de penas. Criar periquitos, significa sempre trabalhar e experimentar a estrutura de penas.

9) Você já usou pássaros com muda francesa? Que conselho você daria para quem
ainda tem esse problema no criadouro?


Sim, eu já usei pássaros com muda francesa (asinha) com muito sucesso. Os avós de duas famílias principais minhas, cintilantes e opalinos, eram dois asinhas, criado em agosto de 1997. Um deles quase não tinha penas depois de perdé-las quando ainda era um bebê, mas produziu aves resistentes, que não tinha problemas com muda francesa. Mas não trabalho com as aves que estão tendo problemas de penas devido a problemas genéticos, como a falta de asas e caudas ou mesmo mostrando cistos!

10) Que conselhos você daria aos criadores iniciantes e aos criadores de nível médio/avançado?

Encontrar um criador local que vive perto de você, no qual você se sinta confortável e que o apoie também com alguns bons pássaros para um começo. O relacionamento pessoal torna-se cada vez mais importante, muito mais importante que a qualidade das aves na qual você está começando. Não compre aves em toda parte e de linhagens diferentes. Prefira um pássaro intermediário com um bom e sólido fundo, do que um periquito top de uma família de menor qualidade. Mas todos devem passar por essas experiências antes de se acreditar nisso, eu acho. Você sempre aprende melhor cometendo erros. Isso é às vezes difícil e pode ser caro, mas útil para um futuro brilhante.

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Fúlvio Lucietto


1) Qual a característica que você considera a mais importante num periquito de qualidade?


A ave tem que ser forte, tem que se mostrar. Eu não gosto dos pássaros pequenos e elegantes, mas também não gosto de pássaros grandes sem estilo. Eu prefiro trabalhar com um pequeno pássaro com perfeita proporção do que com um pássaro desproporcional.

2) Qual é sua linha de raciocínio para desenvolver uma linha de sangue que tenha alta qualidade e consistência?

Você precisa ter paciência. Também uma certa dose de sorte e naturalmente o dinheiro pode ajudar a construir uma boa criação em menos tempo.

3) Como grande admirador do seu trabalho, acompanho o desenvolvimento do seu plantel há aproximadamente 10 anos. A sensação que tenho é que a partir de 2006, a evolução do seu plantel parece ter se acentuado. Você concorda com isso? A que você atribui a esse fato?

Eu não acho que houve uma grande mudança em 2006. Minha idéia é que houve uma melhoria contínua da minha criação nos últimos 20 anos. Isto está resultando em melhores pássaros também produzidos em grande número agora.

4) Li em uma entrevista sua, que você eventualmente introduz um pássaro de outro criador na sua linha de sangue, e logo depois de usar esse pássaro você o descarta. Poderia explicar como faz isso e por que?

Se a primeira geração (F1) de descendentes desta ave é excelente, eucontinuo a reprodução com ele, claro. Em todos os outros casos eu irei reintroduzir os melhores descendentes de volta para minha linha original e ver o que acontece na próxima geração (F2).

5) As suas aves têm características marcantes, como excelente largura facial e direcionamento das pena da cabeça, entre outras, que nos permite identificar facilmente a presença do seu patrimônio genético em muitos criadouros em todo o mundo. Esse resultado teve como base alguma linha de sangue especifica ou é fruto do desenvolvimento das suas próprias linhas de sangue no transcorrer dos anos?

Eu não posso responder a essa pergunta com certeza, mas acho que ambas as teorias estão corretas. Toda vez que eu vi em algum lugar um pássaro com uma certa característica, por exemplo direcionamento de penas, tentei comprá-lo. Mesmo se fosse uma ave de qualidade inferior. Na maioria das vezes o resultado foi muito decepcionante, mas às vezes isso me ajudou a conseguir dar um passo à frente para atingir meu objetivo.

6) As penas das suas aves têm textura e maciez impressionantes, perceptíveis já nos filhotes. A alimentação que você oferece à elas também contribui para isso ou essa característica foi desenvolvida a partir de seleção genética?

Criar periquitos é como montar um quebra-cabeça. O fundamento de cada criadouro de sucesso é o melhor alimento natural possível. Como Muitas vezes eu trabalho com produtos naturais, como legumes e frutas e alimentos quase sem ingredientes artificiais. Às vezes eu fico realmente surpreso ao ver pássaros em outros lugares que não tem sequer água fresca. No Verão, eu mudo a água da voadeira três a quatro vezes por dia no mínimo. Claro que a seleção correta é provavelmente a coisa mais importante no hobby. Muitas vezes você pode ver criadores, que vendem seus pequenos filhotes, provenientes de seus melhores machos por quase nada. Estas são as aves que você tem que manter e muitas vezes elas vão trazer a qualidade de volta na próxima geração.

7) Você considera importante o desenvolvimento de linhas de sangue alternativas para serem utilizadas posteriormente em confrontos genético, dentro do próprio plantel?

Há criadouros suficientes na Europa, trabalhando com a minha linha de sangue, onde eu sempre posso pegar um pássaro de volta a partir de uma determinada linhagem, se necessário.

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Renato Uchôa

1) Os periquitos da Suíça e Alemanha possuem diferentes penas, eles parecem com “Blush”. Em sua opinião isso acontece devido ao fator diluído ou por causa de outro motivo?


Eu não sei, porque não conheço muito bem as penas dos periquitos em outros países. O que eu posso ver em fotos, é que as aves premiadas tem muitas características semelhantes em todo o mundo. E eu acho que, todos vão voltar para mais ou menos o mesmo fundo genético.

2) Nós podemos ver diferentes tipos de pássaros em seu criadouro, alguns são “búfalos” e outros não são. Você normalmente usa os não”búfalos”?

O "fator búfalo", assim chamado por Gerald Binks, parece ser recessivo e é difícil de fixar nas aves. Então, sou forçado a trabalhar também com os pássaros que visualmente não o mostram, mas podem portar o fator.

3) Qual a melhor maneira de criar Lutinos e Recessivos?

Eu sempre uso o mesmo procedimento. Independentemente da variedade, sempre um casal dos melhores normais dentro das variedades raras para melhorá-los. Costumo trabalhar com o fator cintilante, com grande sucesso.

4) Você pratica In-breeding e Line-breeding. Como você escolhe Outcrosses?

Como disse antes, eu pratico uma combinação desses sistemas de reprodução diferentes. Para outcrosses estou sempre à procura de um determinado recurso, como o direcionamento de penas, bolas do colar grandes ou pescoço enorme. Às vezes, eu só gosto da cor especial de um pássaro, como um face amarela, violeta, arlequim recessivo, que eu comprei recentemente. Agora estou trabalhando também com o cintilante dominante dinamarquês, também chamado cintilante melânico. Eles são muito pequenos, mas agradáveis de se olhar.

 

 
© Daniel Lütolf, Industriestrasse 1, CH-5436 Würenlos, Tel ++41 (0)56 424 24 27, Mob Tel ++41 (0)79 705 49 08, info@daniel-luetolf.ch

 

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